quarta-feira, 29 de maio de 2013

Ética Cristã e Liderança

Ética é a ciência que estuda as normas de conduta moral que visam o bem comum. Ética tem a ver com o comportamento do ser humano nos seus relacionamentos. Não é um código de disciplina que estabeleça o que é certo e o que é errado, mas o estudo dos princípios sobre os quais se baseiam os conceitos de certo e errado. Os gregos legaram à civilização não apenas a palavra ética, derivada de ethos, costumes (Atos 16.21), mas também o estudo da ética como parte da filosofia. Para os gregos, o bem comum, objetivo da ética, era o bem da polis, da cidade, portanto os seus fundamentos eram políticos. Para os romanos, o bem comum estava subordinado aos interesses da república (res publica), “coisa pública”, interesses do Estado. Para os judeus, a ética tinha fundamento religioso. O bem supremo era a obediência à lei de Deus. A conduta humana era centrada na vontade de Deus expressa na Lei, que prescrevia o mal que o indivíduo não devia fazer contra o seu próximo. A ética evangélica vai mais longe. Para Jesus, a ética determina não apenas o mal que não se deve fazer contra o próximo, mas o bem que se deve fazer em favor do próximo, ainda que o próximo seja um inimigo (Mateus 5.44; Romanos 12.20), ou ainda que esse bem custe a própria vida, segundo o exemplo do próprio Jesus. A ética evangélica entende que “é um mal não fazer o bem”, como diz Tiago: “Aquele que sabe fazer o bem e não faz, comete pecado” (Tg 4.17). Outra diferença notável está no fato de que, tanto para os gregos quanto para os judeus, a ética estudava as ações, enquanto Jesus olha para as intenções do coração (Mateus 5.27,28). Para nós, os cristãos evangélicos, os fundamentos da ética não estão na cultura ou nas leis de um povo, nem na autoridade da igreja, mas na vontade de Deus. Um viver ético, na conceituação evangélica é um viver de santidade conforme o caráter de Deus, como exalta Pedro: “Mas como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento porquanto está escrito: Sereis santos porque eu sou santo” (1 Pd 1.15,16). Em resumo: A fonte da ética cristã é o caráter de Deus, pois o homem é imagem e semelhança do seu Criador. A conduta moral dos filhos de Deus nos seus relacionamentos reproduz os atributos morais de Deus: A justiça, o amor, a bondade, a verdade, a pureza (ausência de qualquer contaminação moral). Para os cristãos evangélicos, Jesus Cristo é a encarnação perfeita do mais perfeito conceito de ética, que ele revelou em todo o seu ministério, cujo ápice está na cruz do Gólgota. Em Filipenses 2.14,15, Paulo demonstra entender essa verdade. Os líderes cristãos devem: Primeiro, Viver a ética cristã como opção pessoal na sua conduta em todos os seus relacionamentos com seus liderados, com os outros líderes e com o povo de fora. Segundo, instruir seus liderados a manterem uma atitude de autocrítica em face dos princípios éticos e a dependerem da ação do Espírito Santo para colocarem esses princípios em prática no seu cotidiano. Terceiro: Pela sua conduta exemplar e pela palavra, denunciar os desvios éticos da sociedade. A mais veemente denúncia contra a falta de ética na sociedade será sempre o viver do cristão conforme a ética de Jesus. É o que o Mestre afirma em Mateus 5.13-16: “Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo... Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. A ética cristã, em última análise, é a consistência entre o ser e o saber. A conformação do ser ao saber pode representar uma intensa luta interior, como revela o apóstolo Paulo em Romanos 7:22,23: “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento e me levando à lei do pecado”. Sua exclamação diante desse paradoxo é surpreendente: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”. Aqui entra em ação a obra do Espírito Santo operando no ser interior dos salvos, dando-lhes a sabedoria e a força moral para praticarem o que é justo aos olhos de Deus e para, desse modo, viverem conforme a ética do evangelho. Concluímos, pois, que o viver conforme a ética de Jesus não depende do magistério da Igreja, nem do esforço do indivíduo, mas da atuação franca do Espírito Santo. Para que esse ideal se transforme em realidade, três condições se tornam indispensáveis: Primeira – Novo nascimento. A ética cristã começa com o sopro do Espírito que dá ao homem uma nova natureza espiritual. Não é possível esperar do indivíduo não regenerado, uma conduta coerente com os princípios éticos do evangelho, como não é possível esperar que uma árvore má produza fruto bom, ou que uma fonte salobra produza águas doces. Nunca haverá uma sociedade ética sem que os indivíduos que a compõe sejam nascidos de novo. Daí brota a primeira grande responsabilidade do líder cristão: ser, ele mesmo, um agente de transformação espiritual da sociedade pela proclamação do evangelho de Cristo visando à conversão dos pecadores para, em seguida, despertar e conduzir os santos na evangelização do mundo. Segunda – Conhecimento da Bíblia. Se os salvos não se familiarizarem com os ensinos éticos da Bíblia, como poderão colocá-los em prática no seu viver? A Palavra de Deus continua sendo a arma do Espírito Santo para a transformação do homem e da sociedade. Não há sucedâneo para a Palavra de Deus na construção de uma sociedade segundo os padrões éticos de Jesus. Assim, torna-se um dever primordial do líder cristão conhecer e ensinar a Palavra de Deus. Os santos se reúnem como igreja para louvar a Deus, para celebrar a graça de Cristo, para estreitar seus laços de amor, para praticar a ação social, mas se todas essas ações não forem fundadas na Palavra de Cristo, será como a casa edificada sobre a areia: não resistirá aos ventos de doutrinas que não param de soprar dos quatro cantos da terra e cairá, deixará de ser a única agência que Cristo poderá usar para transformar o mundo que jaz nas trevas em um novo mundo iluminado pela sua graça. Terceira – Ação, capacitação dos santos para agir visando à transformação da sociedade que só produz os frutos da carne em uma sociedade na qual é produzido o fruto do Espírito (Gl 5.19-24), uma sociedade que vive os princípios éticos do evangelho. Essa é também uma tarefa essencial à natureza da liderança cristã. Os liderados não aprendem sozinhos. Precisam ser ensinados (mente), motivados (emoção) e impulsionados (vontade) na prática da ética cristã, que não consiste apenas em não causar o mal ao seu próximo, mas causar-lhe o bem, o bem maior, o bem supremo que é a salvação.

A CONDUTA DE UM LIDER

A CONDUTA DE UM LIDER o que me tem chamado atenção neste ultimos dias e me levado a pensar qual é a conduta ,postura ideal de um lider frente a igreja da pos modernidade.Liderança e seus tipos. Conceito - Líder é o condutor, o guia, aquele que comanda. Ser líder é ter uma visão global, uma relação entre o homem e o seu ambiente de trabalho. É saber ensinar e também aprender, sendo este último de vital importância, ou de maior importância. A principal atividade de um gestor ou líder é a de conduzir pessoas, como o próprio nome indica, sabendo para isso lidar com elas e conseguir os melhores resultados. As pessoas são, sem dúvida, o principal ativo de uma organização, o seu mais importante recurso, necessário ao ponto de pequenas, médias e grandes empresas terem um setor somente desenvolvido em função delas: o departamento de R.H. Em outras palavras, elas são o capital intelectual, o mais importante de uma empresa realmente moderna. De fato, os líderes influenciam seguidores. Por este motivo, muitos acreditam que os líderes têm por obrigação considerar a ética de suas decisões. Apesar de a liderança ser importante para a gerência e estreitamente relacionada a ela, liderança e gerência não são os mesmo conceitos. Liderar não é uma tarefa simples, pelo contrário, liderança exige paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a organização é um organismo vivo, dotado de colaboradores dos mais diferentes tipos. Dessa forma, pode-se definir liderança como o processo de dirigir e influenciar as atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo. Porém, existem três implicações importantes nesta definição: 1ª) A liderança envolve outras pessoas: Onde houver mais de uma pessoa, haverá a necessidade de um líder, o que contribuirá na organização de um trabalho, tarefa ou até mesmo no convívio familiar. 2ª) A liderança envolve uma distribuição desigual de poder entre os líderes e os demais membros do grupo: A distribuição de poder dentro de uma empresa é sem dúvidas sua ponte para crescimento. 3ª) A liderança é a capacidade de usar diferentes formas de poder para influenciar de vários modos seus seguidores– Pode até faltar os recursos, só não pode faltar a criatividade para criá-los. Sabendo que a liderança é o exercício adequado da função de líder. Ou em resumo: é o indivíduo que exercita sua capacidade de persuasão, argumentação e carisma. Mesmo não estando presente, ele é percebido como se estivesse, e sempre lembrado pela inovação e liderança. Tendo sua maior função de gerar novas idéias e colocá-las em prática. Ele deve liderar talvez ainda inspirar, ele não pode deixar que as coisas se tornem rotineiras, e para ele, a prática de hoje jamais será suficientemente boa para amanhã. Lição prática: O líder é o termômetro do grupo, isto é, indica o estado atual, das condições físicas, morais e espirituais dos seus comandados. Reflete a situação do momento do grupo. Tal líder, tal grupo... Um líder deve ser uma pessoa entusiasta, que gere estimulo e exemplo para os seus comandados. São os exemplos que arrastam como já afirmava Santo Agostinho no séc. IV: "As palavras comovem, os exemplos arrastam". Na escala do sucesso precisamos fazer a distinção entre poder e liderança. Não é líder quem se impõe pela força e poder, mas quem usa o poder da liderança, isto é, o poder da persuasão e a capacidade de influenciar, sabendo mostrar como um guia o caminho que ele vê e conhece melhor. A melhor persuasão é o exemplo. É incrível e lamentável, constatar que em pleno século XXI ainda existam empresários e executivos de alto nível que confundem liderança com uso arbitrário do poder. Autoritários, inacessíveis e distantes, emocionalmente descontrolados, donos da verdade, pois não aceitam qualquer tipo de questionamento. São pessoas no fundo muito inseguras, por isso não conseguem ouvir, são excessivamente transparentes para expressar o que sentem mas não admitem nos outros essa mesma transparência, embora paguem um preço muito alto por isso apesar de não o perceberem ou de não quererem percebê-lo. Embora existam muitos conceitos e definições, observamos que a liderança é basicamente: a) é caracterizada pela atitude integrada e dirigida para um objetivo comum ao líder e ao grupo; depende da aceitação integral do líder pelo grupo, de modo a se conseguir uma integração do esforço ; b) adquire forma e se processa dentro de um ambiente condicionado por forças sociais, formais e informais. Origem da liderança: Vários fatos da história nos dariam bases para vários relatos, separei um em especial, a qual nasce na região da Mesopotâmia. Foi a região onde provavelmente começou a História, por volta de 4.000 a.C. , era uma rica região da Ásia Menor, localizada nas planícies férteis banhadas pelos rios Tigre e Eufrates, os quais lançam suas águas no golfo Pérsico. A Mesopotâmia corresponde em grande parte ao atual território da República do Iraque. Começara ali os vestígios da liderança, a necessidade de se viver em conjunto, em sociedade, surgiu lideres para que este projeto fosse seguido. De entre os feitos desta civilização destacam-se a invenção da escrita cuneiforme (a mais antiga forma registrada para representar sons da língua, em vez dos próprios objetos). A linha histórica da humanidade demonstra que as transformações a as evoluções acontecem desde que o homem desenvolveu os conhecimentos e habilidades necessárias para trabalhar o meio físico, simplificá-lo e transformá-lo segundo suas carências. Por ser criativo, ele inventou as roupas, os abrigos, os instrumentos, as ferramentas, a linguagem e outros dispositivos que, somados a estes, aceleraram os processos de mudança, desencadearam o progresso e o surgimento das organizações. Tudo isto nos leva a crer que a mudança é um fenômeno que vem acompanhando o homem desde os seus primórdios. Por isso, as mudanças já não nos surpreendem, o que nos causa espanto é a velocidade e a profundidade com que elas acontecem, e em sintonia com as mudanças, esta o líder capaz de se adéqua as mudanças e preparar seu grupo para um novo estágio. As pessoas que se destacam como líderes, estarão projetando sua posição para um nível mais elevado, alcançando uma nova etapa e fazia mudanças no meio em que vive, na sua cidade, país e em alguns casos até no planeta. E como muitos se tornaram líderes? Como é possível chegar a este patamar? Será que liderança é para todos? Como é possível se destacar como líder? Muitas perguntas e com diversas respostas possíveis, que podem ser: O que buscou a liderança: O que se faz líder, é no momento de necessidade que sabemos quem realmente é líder ( Auto-determinação ). O foi posto por acaso: Não havia opção, foi feito pelo fato de não haver outro melhor. ( imposição ). O que nasce: O que é líder por natureza ( inato ). OBS: O verdadeiro líder, não precisa de auto-determinação e nem de imposição para afirmar sua liderança. Ele nasce líder, isto é, vem da própria natureza, inerente. Não quero dizer com isso que a auto-determinação não seja boa,muito pelo contrário, deve ser vista com louvor a pessoa determinada que busca o sucesso. Digo que ainda que seja um dom inato, pode ser aprendido também. Tipos de Líderes: A) Autoritário - aquele que determina as idéias e o que será executado pelo grupo, e isso implica na obediência por parte dos demais. É extremamente dominador e pessoal nos elogios e nas criticas ao trabalho de cada membro do grupo. Conduta condenável, esta postura e não é válido este tipo de comportamento. É uma pessoa ditadora e soberana, o que comanda o grupo só pensando em si, não aceita as idéias de outro membro do grupo , é uma pessoa déspota também subestimando e diminui o grupo. Conseqüência: A reação do grupo de modo geral fica hostil e se distancia por medo. B) Indeciso- Não assume responsabilidade, não toma direção efetiva das coisas, vive no jargão “ deixa como esta ,para ver como é que fica”. Conseqüência: A reação do grupo é ficar desorganizado, gera insegurança e atritos, é como um barco sem leme, não sabe para onde vai. C) Democrático- É o líder do povo, pelo povo, e para com o povo, preocupa-se com participação do grupo, estimula e orienta, acata e ouve as opiniões do grupo, pondera antes de agir. Aquele que determina, junto com o grupo, as diretrizes, permitindo o grupo esboçar as técnicas para alcançar os objetivos desejados. É impessoal e objetivo em suas críticas e elogios. Para ele, o grupo é o centro das decisões. Acreditamos que a ação do líder democrático é de suma importância para o progresso e sucesso de uma organização. Tal como um sacerdote, que posso dar o exemplo de Moisés do Egito,( quando estava com o povo defendia Deus, quando estava com Deus defendia o povo). Conseqüência: A reação do grupo é de interação, participação, colaboração e entusiasmo. D) Liberal - Aquele que participa o mínimo possível do processo administrativo. Dá total liberdade ao grupo para traçar diretrizes. Apresenta apenas alternativas ao grupo. Conseqüência: A reação do grupo geralmente é ficar perdido, não ficando coeso. E) Situacional - É aquele que assume seu estilo de liderança dependendo mais da situação do que da personalidade. A postura deste líder brota ante as diferentes situações que ele detecta no dia-a-dia. Possui um estilo adequado para cada situação. Conseqüência: A reação do grupo é de segurança e motivação por certo tempo. F) Emergente - Diz respeito aquele que surge e assume o comando por reunir mais qualidades e habilidades para conduzir o grupo aos objetivos diretamente relacionados a uma situação especifica. Por exemplo, num caso extraordinário, onde determinadas ações devem ser traçadas de imediato. Conseqüência: O grupo reage bem, participa, colabora, sabendo que se houver emergência, o líder saberá o que fazer. O líder e sua conduta A conduta do líder deve ser única e definida, sem oscilações e posições contraditórias. Deve o líder portar-se de forma idêntica em todos os campos de atuação. Requisitos para uma boa Liderança: 1) Não seja Pedantista : demonstração ostensiva de que sempre sabe mais que os outros. 2) Não seja Megalomaníaco : mania de grandeza 3) Não seja Paroleiro : falar exageradamente. Isso é forma disfarçada de mentir. 4) Não seja Reclamador : Nunca esta satisfeito. Nada satisfaz. 5) Não seja Inconstante : mudando de atitude a toda hora. 6) Não seja Egoísta : pensar somente em si , cuidar só de si. 7) Não seja Precipitado : tomar atitudes imprudentemente. 8) Não seja Antipático : personalidade indesejável. Lembre-se que há diferenças entre um chefe e um líder, tais como: CHEFE: tem a visão curta x LÍDER: tem a visão panorâmica Um Administra recursos humanos x Outro lidera pessoas Um precisa ganhar sempre x Outro precisa ganhar mais do que perder Um tem todo o poder x Outro tem competência Para um conflitos são aborrecimentos x Para outro conflitos são lições Para um crises são riscos x Para outro crises são oportunidades Vangevaldo Batista Sant'Anna

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

o que e ser Amigo mande seus comentarios sobre este topico vamos dia dia dizer como sermos vedadeiroas amigos.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Vamos refletir no texto abaixo, e avaliarmos nossa conduta diante da situação descrita pelo autor da tese. Recebi este texto por email e achei de suma relevancia compartilhar com vocês para seu crescimento.




"O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE"


"Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível"

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da "invisibilidade pública". Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.

O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são "seres invisíveis, sem nome". Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da "invisibilidade pública", ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.
Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:

"Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência", explica o pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. "Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão", diz.

No primeiro dia de trabalho paramos para o café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e
serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
"E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?" E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.

E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles na periferia. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão do trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma "COISA".

*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!


" Filho, tenha sempre sabedoria e compreensão e nunca deixe que elas se afastem de você.
Elas lhe darão vida, uma vida agradável e feliz. "
PROVÉRBIOS 3 : 2

domingo, 13 de dezembro de 2009

Dez Mandamentos para Esposas e Esposos

Dez Mandamentos para as Esposas

1. Aprenda o verdadeiro significado do amor.
2. Desista de seu sonho de um casamento perfeito e lute por um bom casamento.
3. Descubra as necessidades pessoais de seu marido e tente satisfazê-las.
4. Abandone toda a dependência de seus pais e toda crítica aos parentes dele.
5. Faça elogios e mostre apreciação, em vez de procurá-los para si.
6. Abandone a tendência de ser possessiva ou ciumenta.
7. Cumprimente seu marido com afeto, em vez de fazer reclamações e exigências.
8. Vença o complexo de princesa (Cinderela).
9. Abandone toda esperança de mudar seu marido através de críticas ou ataques.
10. Ore por paciência.

Dez Mandamentos para os Esposos

1. Trate sua esposa com firmeza e gentileza.
2. Seja pródigo no louvor e na reafirmação.
3. Defina suas responsabilidades.
4. Evite crítica.
5. Lembre-se da importância das pequenas coisas.
6. Reconheça a necessidade de estarem juntos.
7. Procure inspirar-lhe sentimento de confiança.
8. Reconheça a validade dos estados de espírito dela.
9. Coopere com ela em todo esforço para melhorarem o casamento.
10. Descubra as necessidades individuais dela e tente satisfazê-las.